Educar para o pensar espírita é educar o ser para dimensões conscienciais superiores. Esta educação para o Espírito implica em atualizar as próprias potencialidades, desenvolvendo e ampliando o seu horizonte intelecto-moral em contínua ligação com os Espíritos Superiores que conduzem os destinos humanos.(STS)

Base Estrutural do ©PROJETO ESTUDOS FILOSÓFICOS ESPÍRITAS (EFE, 2001): Consulte o rodapé deste Blog.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

O ALÉM E A SOBREVIVÊNCIA DO SER



     A dinâmica de nossas existências atuais transferiu, para as religiões, os questionamentos sobre a natureza do Ser, suas origens, sua destinação e o porquê da dicotomia entre o ser espiritual e o ser público ou da vida real. Se a tecnologia nos aproximou uns dos outros, através dos smartphones, computadores  etc., se a internet nos conecta em tempo real com o mundo, embora este seja um mundo vigiado e condicionado, nunca foi tão grande o desconhecimento quanto às questões que envolvem a morte e a possibilidade da continuidade da vida em outras dimensões.      

Nos países de primeiro mundo, onde as universidades desenvolvem o saber, são raras as cadeiras de estudo sobre a sobrevivência do Espírito, tratado pejorativamente como “fantasma” ou como um ser diabólico que aterroriza os vivos, levandoos a processos patológicos e autodestrutivos, principalmente pelo cinema e pelos seriados de TV. Há o caso pioneiro da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, onde a paranormalidade é assunto sério. No Brasil, há estudos concernentes às experiências de quase morte por parte de pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Ainda nos EUA, o dr. Raymond Moody Jr. investiga as possíveis relações entre os “mortos” e seus parentes vivos. Seu trabalho tem  demonstrado, a partir de pesquisas realizadas sobre os oráculos na Grécia Antiga, onde as comunicações eram constantes e reais, que os contatos intramundos sempre fizeram parte de nossa  civilização.   

Sem dúvida que o Espiritismo, com o seu despojamento místico e mítico, trouxe-nos um outro cenário da vida após a morte: continuamos a existir e a consistir (consistência aqui são todos os arquivos de nossas experiências  registrados em nosso inconsciente); continuamos a traçar os rumos de nossos destinos, continuamos a exercer o livre-arbítrio cada vez mais livre à medida que nos tornamos diretamente responsáveis pela Vida.  E o nosso maior exemplo de que ela continua após a morte ainda é e será sempre Jesus, despojado da mitologia criada em seu derredor, consumido que foi ao longo dos séculos, pois misto de herói grego com profeta judaico. E é Ele quem volta, em toda a sua plenitude, a demonstrar que a morte não existe, não passa de invenção humana, produto do vazio existencial que habita este plano moral de existência, através da visão espírita, que não é religiosa no sentido ritualístico, mas libertadora, conscientizadora, reveladora.    

Léon Denis, o consolidador do Espiritismo na França após o falecimento de Allan Kardec, traz reflexões extremamente atuais em sua vasta obra, na qual destacamos o pequeno grande livro que traz o título de nosso artigo, em que apresenta um elenco de provas capazes de confirmar a opinião de  quem quer que investigue a chamada suposta vida após a morte. E finalizamos as nossas reflexões com suas palavras abaixo, deixando uma pergunta no ar: as relações humanas se modificariam para melhor se nos identificássemos como seres imortais?   

“Não é um comovente espetáculo ver os que acompanham um enterro? A estes eu direi: o além é apenas o que nossos sentidos não atingem.”  
Sonia Theodoro da Silva

www.filosofiaespirita.org
Jornal de Estudos Psicológicos  -  Ano VII  l  N° 32  Londres, Inglaterra.
   

Nenhum comentário:

Postar um comentário