Vivemos tempos de mudanças. Mudanças políticas, sociais,
mudanças na família, mudanças profissionais e pessoais. A situação econômica
dos países altera sobremaneira as questões de emprego, as alterações nas
políticas de previdência social deixam um rastro de insatisfação geral, de
insegurança quanto ao futuro, estimulando protestos de toda sorte.
Os períodos de transição, explicados pelo Espiritismo,
caracterizam-se por fases de mudanças bruscas e rápidas, onde o indivíduo é
colocado de forma abrupta a enfrentar as dificuldades e os desafios.
São esses momentos em que se destacam a fé e a perseverança
para que se possa adquirir confiança no futuro e ainda também no presente. Mas
se o indivíduo se prende aos sentimentos de revolta dificilmente conseguirá
superar essa fase aziaga, onde são necessários todos os recursos de sustentação
mental e espiritual para que passe incólume pelos momentos que parecem
intermináveis.
A história humana nos oferece retratos de como os homens
passaram por períodos terríveis de guerras, revoluções e carência de necessidades
mínimas para seu próprio sustento. Porém, apesar do sofrimento e das aflições,
com coragem e denodo puderam superar o momento e estruturar uma nova
sociedade.
Como diz o Espírito Emmanuel, tudo passa, momentos felizes e
dramáticos. Tudo é transitório na Terra. Mudar exige cautela, mas também
dedicação e confiança no Bem que é necessário realizar para que a Vida nos dê
respostas seguras e adequadas para o momento em que vivemos.
Sonia Theodoro da Silva, filósofa.