A história registra as ações dos que ousaram transgredir
com os sistemas vigentes, fossem eles políticos, religiosos, acadêmicos. Carl
Gustav Jung foi um desses divinos transgressores; para ele, a vida não se
limitava do berço ao túmulo: “o homem, ser
racional, era dotado de faculdades extrasensoriais que lhe permitiam
ultrapassar os limites comuns de espaço e tempo, devassando o passado distante
e tendo premonições acerca do futuro” (Boletim SEI, no.
1963/2005).
As
faculdades extrasensoriais estiveram presentes nos oráculos gregos e babilônios
(o mais famoso de todos foi o Oráculo de Apolo, em Delfos), no mundo judaico,
com o colegiado de médiuns presidido por Moisés e, antes dele, no Egito, onde o
líder da nação hebraica aprendera com os sábios e iniciados de seu tempo, a
profetizar, além de outras modalidades extrasensoriais, aliada à eficaz
mediunidade de que era portador. Mais recentemente, Emmanuel Swedenborg,
clarividente sueco, foi investigado e estudado pelo eminente filósofo Immanuel
Kant, impressionado pela precisão de suas informações acerca de um incêndio
visto por ele à distância, em cidade próxima.
Muito
embora a filosofia tradicional, hoje, pouco se interesse pela paranormalidade,
está reservado à Ciência comprovar o que o Espiritismo tão
judiciosamente estudou, através de Allan Kardec, fundamentando através de fatos
a maior descoberta de todos os tempos: o Espírito humano sobrevive à morte. Tal
comprovação certamente acarretará graves consequências ao materialismo
niilista.
Sonia Theodoro da Silva, São Paulo - SP